Muitos acreditam que emagrecer é difícil mas no fundo não é. Dependendo da estratégia e dos recursos utilizados esse emagrecimento pode acontecer muito fácil e rápido. A grande questão é a sustentação do peso conquistado.
Atendo inúmeros casos de pessoas que emagreceram e voltaram a engordar… algumas, várias vezes. O que leva a dois sentimentos bem distintos: O de acomodação (Quando eu quiser eu emagreço) e o de frustração (Me sinto muito mal por ter engordado novamente).
Ao meu ver as principais causas que fazem com que as pessoas tenham dificuldade de sustentar o peso após o emagrecimento são:
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Estratégias radicais demais que não são possíveis de ser sustentadas a longo prazo:
Dietas restritivas em valor calóricos ou em grupos alimentares específicos quando aplicadas sem estratégia e acompanhamento são insustentáveis a longo prazo. É claro que quando existe um déficit calórico a pessoa vai perder peso porém dependendo da forma que isso é feito o corpo encara essa restrição como uma agressão e começa e trabalhar de forma mais lenta e a economizar energia. É aí que ocorre o efeito platô muitas vezes seguidas de ganho de massa gorda mesmo a pessoa se mantendo na restrição. Por isso é necessário estratégia feita por um profissional.
Outro ponto importante: é muito comum a restrição alimentar excessiva gerar episódios de comer excessivo ou de compulsão alimentar e, com isso, criar um círculo vicioso doentio de restrição – comer excessivo – restrição e por aí vai.
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Desrespeitar as necessidades fisiológicas do corpo (exemplo: passar fome):
Passar vontades, ir dormir com fome, jantar somente 1 maçã entre outras coisas absurdas que as pessoas fazem para emagrecer a qualquer custo não é saudável. Estamos vivendo num momento em que os alimentos estão sendo classificados em permitidos e proibidos, vilões ou mocinhos e esquecemos que existe uma questão maior e mais importante do que isso tudo: precisamos comer para sobreviver. Todos os alimentos que não são processados têm seus benefícios e precisamos ingeri-los de acordo com a necessidade do nosso organismo.
Temos que ficar atentos aos alimentos que foram modificados pelo homem, ou seja, os alimentos que foram processados. Como passaram por um processo de alteração de sua estrutura com a finalidade de aumentar sua vida útil de prateleira suas propriedades nutricionais foram modificadas e também acrescidas de aditivos químicos. Portanto, fique atento.
Fora esse cuidado, se respeitarmos nossa fome, ouvirmos nosso corpo e aprendermos a fazer escolhas saudáveis, não há necessidade de sofrer para emagrecer. O importante é fazer algo com consistência e que seja confortável.
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Não olhar para a dor emocional que fez com que ganhasse peso.
Tenho falado bastante sobre dores emocionais e ganho de peso. Normalmente acredita-se que pessoas obesas são infelizes por causa do peso mas não param para pensar que essa tristeza veio muito antes, através de uma dor emocional de abandono, e esse foi um dos fatores que levou essa pessoa a engordar.
Pessoas que estão acima do peso estão em sofrimento sim. Podem falar que não ligam, que se acostumaram mas a dor do abandono existe. Para uma pessoa que tem o traço de caráter da oralidade, que tem a dor do abandono, só é possível sustentar o peso perdido se o cuidado emocional for feito juntamente com o cuidado alimentar. Somente a dieta, não vai funcionar.
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Não querer mudar:
A busca por dietas milagrosa e resultados rápidos é gigantesca. Mesmo aqueles que procuram a reeducação alimentar, muitas vezes querem resultados rápidos para não desanimar. Eu digo sempre que nenhum processo de mudança, de transformação, acontece de uma hora para outra. A virada de chave pode até vir de um “click” mas a mudança é um processo. De altos e baixos, como tudo na vida. É fundamental se preparar para esses altos e baixos e por isso, acredito que o acompanhamento de um profissional acolhedor e parceiro faz toda a diferença.
As orientações nutricionais, em grande parte das vezes não precisam ser alteradas com grande frequência ao longo do processo mas as estratégias em lidar com as adversidades, acompanhar a evolução comportamental e acolhimento nas dúvidas e angústias do processo de mudança precisam de um suporte mais próximo.
Se a pessoa só que fazer uma dieta mas não quer mudar seu estilo de vida, ela irá ficar magra somente enquanto faz a dieta. Depois que terminar a tendência é voltar a fazer o que fazia antes da dieta.
Para emagrecer e se manter magro não adianta só olhar para o espelho e querer que o visual seja diferente. Tem que olhar pra dentro com coragem para mexer nas feridas e mudar!
Qualquer estratégia que envolva qualquer um desses quatro itens será falha em algum momento e poderá levar ao ganho de peso novamente. Portanto, ao escolher o profissional que irá te orientar ou até mesmo se deseja iniciar esse processo sozinha, leve em consideração esses quatro fatores. Dessa forma seu emagrecimento será sustentável e saudável!
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Com carinho,
Fernanda Giacomo
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