Você já parou pra pensar como o auto conhecimento pode interferir na sua relação com sua barriga e o melhor de tudo: a partir do momento que você entende o porquê ela é do jeito que é pode tomar as ações necessárias para perder a barriga.
Esse artigo será diferente de todos os que você já leu quando o assunto e perder a barriga. É claro que tem uma orientação ou outra que é básica para esse fim porém, tem coisas importantíssimas que devemos levar em consideração que são pouco ou nunca abordadas e por esse motivo, ignoradas quando temos como objetivo perder a barriga.
Hoje dei um Google na frase “como perder barriga” e vieram 39,9 milhões de páginas sobre o assunto… UAU! é lógico que não olhei todas as páginas… foi só a primeira… e nela pude notar onde mora o problema que leva ao fracasso de quase todas as pessoas que desejam perder barriga: promessas milagrosas e que levam em consideração somente alguns fatores EXTERNOS (como dieta e exercícios) e não levam em consideração fatores INTERNOS na formação da nossa famosa “pancinha”.
O que eu quero colocar nesse artigo é a real: que dependendo dos fatores internos que você possui e do estágio de prontidão pra mudança dos fatores externos pode ser que você não consigo. Nem com força, foco e fé.
Por isso eu acredito que o AUTOCONHECIMENTO é a peça chave da coerência entre seu desejo se tornar um objetivo e esse objetivo se concretizar através de ações alinhadas e consistentes. Não tem como ter um resultado positivo e sustentável sem esse alinhamento.
Vamos então entender quais os aspectos que interferem na gordura abdominal e quais deles podem ser modificados e quais não podem:
FATORES INTERNOS:
Fatores internos (ou intrínsecos) são fatores que não podem ser modificados. São fatores genéticos e hereditários e fatores que estão relacionados com a história do nosso corpo.
- GENÉTICA E HEREDITARIEDADE
É impossível não carregarmos os traços da nossa família. A genética é um fator determinante para o nosso o tamanho e formato da nossa “fôrma”. Ter o corpo parecido com nosso pai ou da nossa mãe e muitas vezes até dos dois é normal. Essa questão não tem como mudar. Se sua família tem uma sequência de pessoas barrigudinhas e você faz parte dessas pessoas, saiba que pode sim melhorar ajustando os fatores externos, porém existe um limite até onde poderá ir.
2. HISTÓRIA DO SEU CORPO
Outros aspectos importantes estão relacionados com a HISTÓRIA DO SEU CORPO. Gravidez, alguma cirurgia ou acidente que possam ter modificado seu abdome. É claro que já existem cirurgias reparadoras pra alguns casos porém nem todo mundo está disposto à passar por uma intervenção cirurgia e outros casos não existe essa possibilidade. Tive uma cliente há alguns anos atrás que sofria de doença de Crohn. Ele teve que fazer tantas cirurgias no intestino que houve aderência da parede abdominal nas cicatrizes e a barriga dela afundava em alguns pontos e em outros tinha mais saliências de gordura. Por mais que a questão estética falasse alto, não era recomendado fazer uma cirurgia abdominal pelo risco elevado. Fora que ela não queria de passar por mais sofrimento com a cirurgia e pós operatório.
3. POLIMORFISMOS GENÉTICOS
Os POLIMORFISMOS GENÉTICOS também podem interferir de forma positiva no aumento da gordura abdominal porém já existe uma série de estudos mostrando com a alimentação pode interferir de forma positiva nos polimorfismos (Nutrigenômica). Portanto, vou abordar a alimentação nos fatores externos.
FATORES EXTERNOS:
Sobre os FATORES EXTERNOS: esses sim são possíveis de mudar. É claro que sempre questionando se você está pronto para abrir mão de certas coisas que faz, está acostumado e provavelmente gosta, em prol do seu objetivo de perder barriga.
- GERENCIAMENTO DE ESTRESSE
O primeiro deles e pouco comentado é o GERENCIAMENTO DE ESTRESSE. Não é o estresse em si o problema e sim como você reage a ele. Quando você não consegue gerenciar suas emoções, vive nervoso, preocupado, mais cedo ou mais tarde o seu cortisol, hormônio do estresse, terá suas taxas mais elevadas do que o recomendado, e isso é problema. Além de causar vários outros problemas, o fato do cortisol aumentar a produção de insulina, irá aumentar a formação de gordura abdominal.
2. SEDENTARISMO
O SEDENTARISMO também é um problema. A tecnologia faz com que consigamos fazer uma número muito maior de atividades sem precisar se locomover. Essa redução de gasto energético associado ao aumento de estresse e à alimentação de má qualidade é uma das combinações certeiras para o aumento de peso.
3. ALIMENTAÇÃO DE MÁ QUALIDADE
Falando em ALIMENTAÇÃO DE MÁ QUALIDADE relacionada ao aumento de gordura abdominal: açúcares, carboidratos refinados, industrializados, produtos comestíveis como refrigerantes, balas, salgadinhos (desculpa mas não dá pra chamar de alimento, tá?). A oferta de produtos com essa características que vicia o paladar e são atrativas pela praticidade de aquisição em consumo aumentou demais nas últimas décadas sendo um dos fatores responsáveis pelo aumento da obesidade, diabetes tipo 2 em crianças (quando eu estava na faculdade chamávamos a diabetes tipo 2 de diabetes senil) e até problemas psiquiátricos e emocionais causados por alterações violentas na glicemia.
4. PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
Outro fator que interfere na obesidade são os PROCESSOS INFLAMATÓRIOS RELACIONADOS À ALIMENTAÇÃO. Se você quiser saber mais sobre esse assunto explico num vídeo curtinho essa relação. Para assistir o vídeo clique aqui.
5. QUALIDADE DO SONO
Um outro fator importante mas pouco comentado é a QUALIDADE DO SONO. Estamos numa época onde as pessoas se gabam por dormirem pouco e algumas acreditam que dormir é perda de tempo. Mal sabem elas que o descanso é extremamente necessário para nosso organismo fazer toda a regulação hormonal que mantém seu funcionamento adequado (o cortisol é um deles).
Esses aspectos são os mais importantes de serem levados em consideração quando o assunto é perder barriga. E não adianta aplicar as mudanças somente por um tempo, como nos casos de dietas restritivas. Tem que ser algo constante, mudar realmente o estilo de vida. Já é comprovado que dietas restritivas não funcionam à longo prazo. Explico essa questão tim tim por tim tim numa vídeo aula super bacana sobre o assunto. Para assistir a vídeo aula clique aqui.
ENTENDI… E AGORA?
E é por isso que o autoconhecimento é importante: você precisa saber qual sua necessidade de perder a barriga. É porque você quer se sentir melhor ou foi porque seu médico disse que precisa perder a barriga senão seu risco cardíaco vai aumentar? Você realmente quer ou é bombardeado faz tempo tempo pela mídia dizendo que “quem tem barriga chapada é mais feliz, mais autoconfiante, e mais um monte de outras baboseiras” que acredita que será uma pessoa melhor sem barriga.
O que estou colocando aqui é que é importante compreender que uma gordura abdominal elevada traz sim riscos à saúde e é preciso ter consciência disso para ter força de vontade de mudar. Os ganhos que você visualiza que terá com uma barriga menor têm que ser superior aos ganhos que você tem com as ações que terá que abrir mão para conseguir aquilo que deseja.
Espero que essa artigo tenha ajuda a clarear (ou não!) um pouco a realidade da tão sonhada barriga sequinha. Não tem milagre, não tem segredo. Tem autoconhecimento dos seus valores, suas necessidades e do que você está disposto a fazer. E claro, um bom plano de ação, de preferência acompanhado por bons profissionais.
Um grande abraço,
Fernanda
OBS: mudar de hábito não é fácil. Existe toda uma resistência do nosso cérebro em aceitar novos comportamentos. É uma questão que trabalho bastante com meus clientes em consultório. Por isso gravei um vídeo explicando como o processo de implantação de um novo hábito funciona e como podemos fazer para facilita-lo. Para assistir o vídeo clique aqui
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