sete tipos de fome

OS SETE TIPOS DE FOME

“Tô tão tristinha hoje que mereço comer um chocolate”.

 

“Nossa… que fome de pizza que estou hoje!”

 

“Depois que fiquei grávida fiquei com mais vontade de comer carne vermelha. E olha que nem gosto muito…”

 

“Só quando como arroz e feijão mas refeições fico saciada”.

 

 

Se você já ouviu alguma dessas frases ou algo parecido com elas ou se você mesmo foi o autor dessas frases, pode ficar aliviado: não tem nada de errado com você! São situações normais de acontecer pois existem várias formas de nos relacionar com o ato de se alimentar assim como também existem várias formas do nosso corpo manifestar a necessidade do alimento.

 

Quando comecei a estudar Mindful Eating me deparei com uma relação de sete tipos de fome. Sim! Sete tipos de fome! Impressionante, não é? Porém depois que aprendi sobre cada uma delas percebi o quanto era fácil me identificar em todas elas e também com quais eu tinha mais dificuldade de lidar.

 

Identificar qual a fome está no comando é um processo fundamental para quem deseja emagrecer e se manter no peso, para quem deseja ter uma relação melhor com a comida e com o corpo e com a mente. 

 

Por esse motivo, durante os processos com meus clientes, estímulo constantemente a percepção dos tipos de fome e também dos gatilhos, principalmente nos casos de fome emocional que existe descontrole na quantidade de alimentos ingerida.

 

Segue abaixo a relação com os sete tipos de fome:

 

1º tipo de fome:  VISUAL

É quando, ao ver um prato bem apresentado ou um buffet ou mesa bem apresentada com pratos expostos e bem harmonizados, ficamos com vontade de comer. Isso também serve para quem segue perfis de comida no Instagram ou tem o hábito de pedir comida por aplicativo. A dificuldade de escolher o que se deseja pode vir do excesso de opções. Parece que dá vontade de comer tudo!

 

2º tipo de fome:  OLFATIVA

Aromas agradáveis ou que nos lembrem fases gostosas da nossa vida mexem como nosso apetite não é mesmo? O olfato tem um papel importante em nossa vida e interfere diretamente no apetite. Quem nunca ficou inapetente durante um resfriado?

 

Isso significa que o aroma dos alimentos pode nos estimular a comer mais assim como também podem repelir a vontade de comer. 

 

3º tipo de fome:  PALATÁVEL

Sabe quando comemos aquela comida gostosa, que tem uma riqueza de sabores e que vale a pena degustar cada garfada? Percebe que eu digo degustar cada garfada e não simplesmente mastigar ou engolir. Quando falamos de fome palatável estamos falando da sensação que o alimento nos transmite pelas papilas gustativas.Falo para meus clientes que estômago não sente gosto e que sentimos o sabor e textura dos alimentos enquanto ele está em nossa boca.

 

Por isso a importância de mastigar bem e devagar os alimentos assim como caprichar no preparo. Um simples omelete pode ser uma explosão de sabores quando combinamos especiarias e temperos naturais!

 

4º tipo de fome: ESTÔMAGO.

Essa é fácil! A fome de estômago é quando ele ronca, faz barulho e às vezes até dói. Significa que é necessário comer. O legal é que da mesma forma que o estômago dá o sinal de fome ele também tem a capacidade de sinalizar quando precisamos parar de comer (estímulo da saciedade).

 

5º tipo de fome: FISIOLÓGICA.

Sabe o exemplo da mulher que não gostava de comer carne vermelha mas que quando engravidou ficou com mais vontade de comer? Esse é um exemplo de fome fisiológica. Quando nosso corpo nos sinaliza que precisamos comer algo específico devido alguma necessidade especial (como no caso da gravidez) ou alguma situação pontual, como por exemplo, hipoglicemia..

Nesses casos é importante não julgar. Atendi clientes vegetarianas que em determinados momentos do ano sentiam necessidade de comer carne. Por mais que tivessem escolhido ser vegetarianas por uma determinada causa, respeitavam o corpo quando o mesmo dava esse sinal através da fome fisiológica.

 

6º tipo de fome:  MENTAL.

Essa fome está relacionada com crenças e suposições a respeito da comida. Quando era adolescente trabalhei com uma menina que ela e toda a família comia pizza com arroz e feijão pois, na crença deles, toda a refeição tinha que ter arroz e feijão. 

 

Da mesma forma, a cultura do café da manhã com café com leite e pão francês com manteiga mas muitas pessoas que inclusive são sensíveis ao glúten e aos derivados do leite, terem muita dificuldade de abrir mão desses alimentos pois acreditam que um café da manhã correto devem conter leite e pão. 

 

Na minha prática clínica vejo que essa fome é uma das mais difíceis de trabalhar. Não é impossível mas muitas pessoas são apegadas à determinadas crenças alimentares e por terem seguido daquela forma durante muitos anos, tem dificuldade de se abrir para experimentar novos alimentos, sabores e texturas.

 

Escrevi um artigo interessante sobre cultura alimentar e saúde onde abordo mais questões sobre como crenças alimentares podem interferir diretamente em nossa saúde. Para ler o artigo clique aqui.

 

7º tipo de fome: EMOCIONAL.

Essa fome surge muitas vezes na ausência da fome física e específica. Está muito mais relacionada ao prazer que aquela comida vai oferecer. É quando usamos a comida para suprir outras necessidades que não seja a fome.

 

Essa fome também aparece com frequência em meu consultório. Por trabalhar com nutrição comportamental é fundamental ajudar meus clientes a identificar os gatilhos que desencadeiam a fome emocional e como lidar com ela.

 

Acho importante frisar que eu não acho errado comer para sentir prazer. O problema é quando o único prazer que temos na vida é a comida. E isso é mais comum do que se imagina. Sabe aquelas pergunta: você come pra viver ou vive pra comer? Tem muita gente que, sem perceber, vive para comer.

 

Para esses casos temos que fazer um trabalho, muitas vezes associado com profissionais da área de psicologia para ajudar a identificar o que a pessoa está bloqueando na vida ou até mesmo não querendo encarar para que toda as atenções sejam direcionadas para a comida.

 

Viu como a fome pode ser algo complexo? A auto observação e entendimento de como nosso corpo funciona e reage a determinados estímulos é algo fundamental para aqueles que desejam emagrecer de forma consciente, respeitando seu corpo e sua história e o mais importante, com vitalidade!

 

Com carinho,

 

Fernanda Giacomo

Nutricionista Comportamental (CRN3 13525)

Analista Corporal

Advanced Coach Practitioner  com especialização em Lifestyle Design

Gestora de Programas de Qualidade de Vida

 

P.S 1: para conhecer um pouco mais como é uma consulta com a abordagem da Nutrição Comportamental clique aqui.

 

P. S 2: se você gosta de ouvir podcasts quero te convidar para acessar minha playlist com podcasts bem curtinhos com insights sobre alimentação e emagrecimento consciente. Para ter acesso a playlist clique aqui.

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